segunda-feira, 20 de outubro de 2008



Das dores que se me apagam nos olhos
trago-te o beijo com veneno

o teu veneno

E em Vénus murcham as flores
que um dia cantaste nos meus lábios

...ou dizias que cantarias

já não sei se eras tu que
me alimentavas a chama de sabores
ou se era eu que os pintava nos sonhos

sei que aos meus olhos eras meu,
que nos meus olhos és meu.

não são os mesmos os odores
que criávamos em dueto,
as promessas que já duvido 
se alguma vez existiram

mas todas as noites te sussurro
em segredo
antes de adormecer,
na quase inconsciência abandonada
que te quero

...te quiero.

e as palavras que me nascem dos dedos
desde que te soube
têm os teus traços.


Seraphine.

1 comentário:

Anónimo disse...

muito muito bom!
do melhor que já li!
continua =)

(Ass: sempre anónimo)