terça-feira, 6 de julho de 2010


É do beijo que nascem os sonhos.
Toca-se a pele por entre a rouquidão dos sentidos.

E no sossego da noite
encontram-se os amantes
despidos
de todas as memórias.

No crescendo do batimento cardíaco derruba-se
barreiras
construídas com água e sal.
A tempestade emerge e
engole-os
enquanto se ouve os seus risos
no profundo amor da Terra.

O Mundo ainda
existe

porque a cada momento
nascem novas árvores nos lábios
dos amantes.

quinta-feira, 1 de julho de 2010


No nascer da manhã
(e ao cair da noite)
As minhas pálpebras movem-se
ao teu ritmo.
E as lágrimas que por vezes navegam
pela pele
(são doces)
troçam das canções sussurradas pelo coração.

Gosto de me guiar
(feliz)
às escuras
pelo teu sorriso de menino
que a cada momento me reinventa.

E a cada novo dia criamos novas cores.
Gosto de criar novas cores contigo.


Tens aroma de perdição
e o teu nome


o teu nome tem o sabor dos sonhos doces da infância.


Joana.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

Por vezes esquecemo-nos de que estamos a assumir um papel.
Por vezes queremos despir-nos desse papel e tornarmo-nos transparentes, sem, por uma vez apenas, nos preocuparmos com o que isso pode provocar à nossa volta.
E tornarmo-nos no furacão que criamos cá dentro.

Mas eu gosto de embalar a brisa nos meus braços.
Se há um preço, continuo disposta a pagá-lo.


...até quando?

domingo, 6 de junho de 2010


Tenho saudades dos dias simples.
De quando os sorrisos eram partilhados, sem exigências,
e as lágrimas eram secas com uma outra mão.
Tenho saudades do amor bilateral, do apego e
do próprio esquecimento pela luz numa outra face.
Tenho saudades do não julgamento e da ausência do egocentrismo.
Da comunicação.
De um abraço recebido após um único e revelador olhar.

Tenho saudades da amizade pura.